Atuação da enfermagem nos transtornos alimentares

 

Lidar com indivíduos portadores de TA não é tarefa fácil. Os comportamentos encontrados nas pessoas que sofrem destas psicopatologias levam a graves complicações nutricionais, psicológicas, fisiológicas e sociais, exigindo dos profissionais de enfermagem conhecimento e preparo para o desafio no processo desse cuidado.

Através da sistematização da assistência de enfermagem é possível conhecer a história da doença de cada um e traçar um plano terapêutico-assistencial individualizado, promovendo a saúde e assegurando a vida que, muitas vezes, se encontra ameaçada.

O enfermeiro ocupa uma posição chave dentro da equipe. As pessoas com transtornos alimentares têm grandes dificuldades de desenvolver relações de qualquer espécie. Geralmente, eles são inseguros e dependem da aprovação dos outros, isso sucede devido à habitual característica de apresentarem baixa autoestima. Consequentemente, seus relacionamentos são permeados de medo e, por isso, estes pacientes podem se tornar hostis e isolados. Além do mais, como resultado desta insegurança, podem tentar manipular situações que envolvam aqueles com quem mantêm algum tipo de vínculo. Manejar estes comportamentos requer por parte do enfermeiro habilidades como paciência, confiabilidade, consistência no falar e no agir, honestidade, capacidade para lidar com ansiedade e para estabelecer limites.

A família também deve ser vista, acolhida e envolvida no tratamento. A atenção deve estar voltada para ambos, sempre, lembrando que todos necessitam de ajuda e que o restabelecimento completo poderá levar muito tempo, sendo comum as recaídas, o que demanda constante atenção por parte de toda equipe multidisciplinar.

 

Palavras-chave: Transtornos alimentares; enfermagem; tratamento.

 

Varlene Barbosa Ferreira

Graduada pela Universidade Estadual do Pará (UEPA), Especialista em Enfermagem em Psiquiatria e Saúde Mental pela Universidade Estadual de São Paulo (UNIFESP), Enfermeira Chefe da Enfermaria de Comportamento Alimentar do Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP.


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